quinta-feira, 11 de abril de 2013

Adoentada

Desde há uma semana a esta parte que tenho andado adoentada...primeiro a dor de garganta...agora o entupimento das vias respiratórias, os espirros, o cansaço, a vontade de hibernar.
Hoje de manhã recebi uma oferta de cardos...magníficos e saborosos! Se o processo de os apanhar é moroso, por vezes aborrecido e doloroso (mesmo os mais habituados à tarefa de remover as folhas sofrem picadelas q.b.), o de os arranjar para poderem ser confeccionados não o é menos.
O início dos trabalhos foi assim:

 E aqui pode-se observar o aspeto do cardo, mais ao pormenor (se bem que em pleno campo o seu aspeto é bastante diferente e espinhoso).


 As minhas mãos quando terminei de os arranjar:

As minhas mãos após terem sido lavadas e esfregadas umas 1437 vezes (neste momento ainda estão horríveis, devo dizer..):

 O início da confeção da sopa de cardos:
 Aqui já fervia! E que cheirinho!
 O início das hostilidades:
 E o fim!
Devo dizer que ficou magnífica, esta sopinha! Que memórias, sentimentos e emoções me assaltaram...e as saudades que tenho da minha infância, quando o meu avô materno me levava com ele a apanhar cardos e túberas...que saudades...que saudades dele, dos cozinhados da minha mãe e da felicidade que eu sentia...
Pronto, reconheço que fiquei de certa forma triste...triste por me lembrar de uma altura magnífica da minha vida, que sei que não vou conseguir reaver nunca...
Melancolias à parte, tenho a felicidade de ter a Bolachinha comigo. Ombro sempre amigo e boa ouvinte, como se pode observar:


Quem resiste a tamanha ternura e amor incondicional?
Regresso sábado, com o já habitual relato da evolução das obras.
Até lá!
 
Màiri ***
 
 

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